quinta-feira, 14 de março de 2013

A CONFUSÃO


Hás de convir comigo que o único animal que faz sexo escondido, como se fosse uma coisa de outro mundo, é o ser humano, ou como dizem os machistas religiosos, o “homem”. Todos os outros, deu vontade, deram para ele, eles dão uma piroca onde estiverem. A nossa diferença básica, é que achamos que somos filhos do Sobrenatural e sexo, com tudo o que é natural, é sujeira, mas não tomar banho, nem fazer a devida higiene, é divino.
De repente as pessoas passando, como se a outra não existisse, o gregário virou atômico, com aquele olhar raio-X que vê através do corpo humano, focado. Sim, hoje, não se precisa mais completar as frases. Focar, já significa. Abalou, não precisa complemento. Assim como tantas outras frases sem sentido que fazem muito sentido a quem não está em seus sentidos completos.
Um vai e vem, quase sem inteligência pessoal, como se tivessem acabado de sair do livro do Isaak Asimov, aquela ficção de robots, de saberes e de tecnologia avançada, com o centro político, o poder nas mãos de imperadores e reis. Só podia ser propagador do Capitalismo, como avanço lógico. Eita Asimov!
Todos irmãos, mas se frescar, é um matando o outro, num fratricídio desumano. Irmãos que quanto mais se declaram, mais querem distância, inclusive dos de dentro de casa. Hoje, se vive em casulos, mesmo habitando o mesmo lar. O filho distante, os pais, distantes, só se junta todo mundo, na hora de cantar os parabéns e mesmo assim, se o aniversário for de um desses membros que tanto querem mostrar aos outros, o que não são de verdade. Irmãos que só querem se comer uns aos outros, em todos os sentidos, em um incesto, onde cada um quer colocar no cesto alheio.
Para essas pessoas, os sítios de relacionamento, são perfeito, para quem não e relaciona de verdade.
De repente, aquela cachorrada. Não, não é no sentido figurado, do TRE Amazonas, dar ganho de causa à Gloria Carrate, ou melhor, Descarrate, aquela mulher descarada e ao Ivã Guimarães de Coari, quero dizer, o Adail Pinheiro. E olha que essa gente, vive na igreja, vive orando para o Senhor. Imagina se não tivessem Deus no coração. Mas, mesmo se perderem suas boquinhas, já estão garantidos, com dinheiro público. O Adail vira Assessor para Assuntos Jurídicos do Governador, sem ter nem o Ensino Básico concluído e a Descarrate, vira Assessora para Futilidades e Frivolidades da Primeira Dama do Estado. Vai-se dar estojo de beleza, para quem está carente de política de habitação, de política para estudar nossas potencialidades rurais, para quem quer o estado presente no interior, para evitar que os neocabocos, sejam os grileiros do Sul, com ar de anjos e tocando o Diabo, para expulsar caboco de suas terras, inclusive, com uma Medicina de morte. Todo mundo garantido! Caprihadamente! Enfim, ninguém tem mesmo compromisso com nada, amanhã, quem era do PMDB está no PSDB, quem vivia de jurar amor eterno ao Amazonas, está investindo na Califórnia e fica tudo como está. De resto, é gritarem contra a bandidagem, dos outros, para beneficiar o Carlinhos Cachoeira, com o Ronda no Bairro e nos deixar tão indefesos, quanto a Ponte que Partiu, até hoje, sem defensas, mesmo que tenha saído caro para nós, mas até hoje, não saiu para preservar a vida útil da ponte.
Pois, é, toda vez em que carolas começam a gritar muito, desconfie, pois tem sacanagem, por trás dos panos. E no Amazonas, onde tudo se joga para debaixo do tapete, inclusive igarapés poluídos com os PROSAMIN’s da vida, tratados como lixo, as águas que eram bem visíveis, viram subterrâneas, por baixo dos panos, bem pior do que o problema, para se ganhar com a lixeira.
E os amazonenses ficam bestificados e até fazem pressão, contra a corrupção na Venezuela e nas fronteiras vizinhas. Algum tipo de visão turva, que só vê o que não interessa. Quando irão fazer as mesmas campanhas, pedindo o fim da corrupção, contra esses políticos que vivem de braços dados com seus pastores? Aí, ninguém enxerga nada. É tudo curral eleitoral. Uma moeda de troca, com as coisas que deveriam ser do Reino do Outro Mundo.
Mas voltando à questão da cachorrada, parecia música funk, ou letra do Latindo, uma cachorra, para uns dez tarados que a seguiam, onde quer que fosse.
E tem daquelas pessoas que só veem a cachorrada, na calçada dos outros.
De repente aquela multidão que não se via, que não se reconhecia como iguais, parou, começou a gritar, a torcer, fez-se logo uma banca de apostas. Havia a aposta que só aquele cachorro, iria ter prazer, com aquela cachorra. Outros apostavam a duração daquela ligação. Havia gente para tudo. Gente de terno no sol escaldante, gente de boné, com os cabelos ensebados de suor, gente de salto alto, “in heels”, gente para todos os gostos e mais ainda, gente com muito mau gosto. De repente os desconhecidos, começaram a se integrar, como gente. E lógico, como gente, muita gente deixou de apreciar o momento, para gravar, salvar, fotografar nos seus celulares, nos seus tablets, nos seus smartphones, para analisarem, quando virarem posts no Instagram, no Tumblr, no Twipic etc., como memes.  E olha que irracionais, são os cachorros e os outros animais.
O cachorro estava pingando suor pela língua, a cadela, parecia que não estava nem aí. Daquelas figuras que o cara está fazendo o maior esforço para ver se ela tem um orgasmo, ela está pensando na prova de Física Nuclear daqui a dois dias e depois acusa o parceiro de não a dar prazer. Isso sim é muita cachorrada.
O trânsito parou! Até as ambulâncias, tinham de dar ré, para chegar ao local que desejavam. Em se tratando de Manaus que só fazem vias com duas raias, como ontem, indo e vindo, deu “prego” em um, dois, três carretas, parecia contratado, nada se movia, porque quem está na preferência quer passar, quem está na via parada, quer ser mais esperto, acaba que nem Zé, nem José, fica todo mundo, como aquele filme, em que marcianos invadiam o nosso planeta, o DIA EM QUE A TERRA PAROU. E já sei o que vou pedir para o Papai Noel. Um banco forte, com reservas de capital, em libras esterlinas, para pagar táxi. E quem tem seus veículos, uma bomba de combustível, pelo menos, para alimentar essas vias onde não há desvio e todo mundo tem de ficar ilhado nos engarrafamentos que se formam, por um simples problema mecânico. Aliás, mecânico, é o pensamento que impingem à maioria.
Hoje, quando se proibiu rinha de galo, briga de pitbull, só é permitido MMA, uma maneira de tirar o sangue alheio, na rinha de oito lados, qualquer coisinha dessas, vira logo uma festa, um acontecimento, quase sobrenatural, mesmo porque, o “progresso” que essa gente que não sabe nada de Ciência, pensa, é cimento e asfalto. E as soluções do mundo, vão buscar no Além. Outros bichos têm de conviver com um mundo cada dia mais endêmico de gente, as maiores feras do mundo, pisando em asfalto quente, em cimento escaldante. Não sendo bicho de criação, para quem se produz mais roupa, alimentos e todo tipo de coisa, do que para criança abandonada, vão sofrer, sem sapatos próprios, nem roupa que esfrie no calor e esquente no frio, não deixa o suor secar no corpo. A civilização virou isso. Gente morrendo de fome, pets, com todo luxo, como se fosse natural. Coisa de quem entende bulhufas, sobre Educação e muito, sobre fantasia.
Ao longe, Dona Carrapeta, uma mulher que já fez de tudo na vida, tem mais hora de pica, do que urubu de voo, como diria meu amigo Bustela, em referência a uma mulher que foi muito bonita no passado, já fez mais mal a seus adversários, do que Templário enfrentando mulçumanos e judeus, já deu mais golpe do que o Maluf na “Prefritura” de SanPaulo e hoje é evangélica, veio correndo, ver o que estava acontecendo. Viu. Aliás, até se arrepiou. Como se sabe, puta velha, só vira carola, quando ninguém mais come, nem se ela pagar. Quanto tempo ela não se fazia cachorra. E todo invejoso, ao invés de procurar sua felicidade, sempre procura acabar com a felicidade alheia.
Estupefata, estapafurdiamente, entrou na lanchonete da esquina, pediu um balde com gelo, pagou o que pediram, encheu de água e entrou no meio da multidão.
“Chuá!” Parecia o anúncio do Papa Chico, no meio daquela multidão em festa. Pronto, desgrudaram-se. Um para lá, outro para acolá, outro para longe, outro procurando o seu lugar, cada cachorro no seu galho. Ninguém ganhou as apostas, “então fica para a banca”. Pelo menos, assim, quis colocar banca, a moça que estava cuidando do dinheiro casado. E nada como mulher, para entender de casamento. Deus nos livre. Pelo menos a mim, dessa maluquice.
- Quem é a senhora?
- Eu?
- É. A senhora que vem de longe, acabar com a brincadeira da gente?
- Isto não é brincadeira. É uma pouca vergonha, para as famílias que têm Deus no coração.
- Só pode ser brincadeira. A senhora nunca deu uma dessas?
- Não vem ao caso. Não vou deixar imiscuírem nas minhas intimidades.
- Ih, já vi tudo. Isso deve ser mais rodada do que pneu de caminhão que faz frete entre o Rio Grande do Sul e o Amazonas.
- Me respeite!
- A senhora vai pagar para todo mundo, as apostas que foram feitas.
- Em nome de Jesus. Sai de mim filho do Diabo! Misericórdia!
- Mas diga, porque a senhora fez essa cagada toda?
- Já falei. Eu sou a paladina dos bons costumes da família de Deus.
- E dai?
- Daí que isso, no meio da rua, é uma imoralidade.
- Tudo bem gente. Da próxima vez, vamos pagar um quarto de motel, para os cachorros fazerem essas imoralidades, mostrarem suas vergonhas, em quatro paredes. Dona Fulana aí, deve ser daquelas que acha uma maldade, uma onça comer um preá. De hoje em diante, vamos dividir o ticket alimentação, com as feras e fazer reserva em motel, para os animais cruzarem, para não chocarem essa gente que vive de putaria, mas odeiam as putarias alheias!
- Com tolhas de fio egípcio, camisinhas de argola, gel-lubrificante e vibrador com a imagem do Senhor na ponta!

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OBSERVADORES DE PLANTÃO