O mundo místico
É pesado
Imutável
Dissociado de toda e
qualquer realidade
Um mundo onde o inumano
Vira herói cotidiano
E para isso acontecer
Tem-se de calar quem diga o
contrário
O mundo modorrento
Da contemporaneidade
Coloca crianças em frente de
jogos
Para aprisioná-las
Como os mais hodiernos
libertos
Que na verdade
Não enxergam além da poltrona
em que estão
O mundo irreal
Que nos legaram
Na verdade nos mata de
consumir
Para que não tenhamos noção
Dos males que estamos
correndo
E correndo desde a hora de
levantar
Não possamos inferir
Sobre o que nos cerca
Toda mitologia
É baseada na mentira
Portanto quando te contarem
História
Como uma bravata de
super-humanos
Desconfia
Pois, por mais humano que
sejamos
A humanidade
É ser humano, como todo
mundo
Não é sem querer
Esse aprisionamento das
mentes
Das covardias
O desvirtuar do que se vê e
se sente
Mas uma vontade de corromper
Inclusive o mais natural
O princípio básico da
liberdade
Que é inferir por si
Estamos presos
Rindo como alforriados
Quando na verdade
Nossos grilhões,
Foram nos presos à mente
Para nem sabermos que somos
elefantes
Em circos
Dirigidos por palhaços
Estamos vivendo na frente do
monitor
Justamente para não nos
deixar juntos
Uma vida perigosa
Onde ser comunidade
Pode levar
À crises de identidade
À lutas sangrentas
E até mesmo, ao conhecimento
do que nos foi tirado
Modorrenta atualidade
Que faz o ser
Não ser e pensar que está
sendo
Quando na verdade
Busca tão somente
Deslocar os conceitos
Do real, para o sobrenatural
E assim, dominar sempre!
Quem sabe
A próxima revolução
Seja para recuperar
A própria inteligência
Onde se vai derrubar
O sofisma
Por algo
Que realmente nos faça povo!
Os mitos que nos apresentam
Na verdade
Construídos fora das ruas
Em laboratórios
Plastificados e
pasteurizados
Do contato com o mundo
Para nos fazer crer
Que isso de ser humano, não
somos nós!
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