Eu acho que até já me acostumei em discutir com gente sem argumento que ao invés de defender seu ponto de vista, tenta me impingir uma imagem, como se fosse a imagem do mal em si. Para haver o Anticristo, tem de haver o cristão. Qual dos dois pontos de vista é o mais coerente, são outros quinhentos, mas os cristãos insistem em começar uma discussão, acusando o outro de Anticristo, como se o Cristo fosse o suprassumo da inteligência humana, o Cristianismo fosse a coisa mais bondosa da História das Civilizações. Quando militava nas agremiações clandestinas, na Ditadura que hoje, 1º de abril, faz 49 anos de um golpe safado e mentiroso, como a própria data no país, diziam que eu era comunista, só porque eu era pobre. O julgamento, ou a análise das coisas, pelo eu acho. Já fui chamado de antiamericanista, mas em contrapartida, quem me chama, ou me chamava assim, na verdade era tão americanista que se tivesse uma guerra entre Brasil e EUA, muito provavelmente, seria capaz de se alistar no Fort Knox. Mas para justificar até o injustificável. E assim por diante, as discussões, muitas vezes são infrutíferas, justamente, por causa de gente que se quer mostrar democrata, vanguarda, mas na verdade quer impor o pensamento único, o seu, no eu acho que é assim, na base da força, ao invés da discussão de ideias, de propostas e sob o véu da dialética. Aí, vem o contradiscurso, do “não vamos discutir!” Mas que democracia é essa? E quem na verdade, é o seguidor do pensamento único?
Dia desses,
lendo a coluna do ex-palhaço do Casseta e Planeta, as personagens mais sem
graça, “dou porrada!”, e agora o produtor do O QUE EU VI DA VIDA, que quis
dizer que a lamúria da Xuxa, era a coisa mais inteligente do mundo, quando
choveram críticas ao quadro, o Claudio Manuel, o baiano, com pele escura, mais
aristocrata europeu, do que os próprios europeus contemporâneos que já nem
ligam tanto para a questão racial em si, ele vinha, como sempre, com um
discurso tão atrasado, mas tão atrasado que como disse na última vez em que
enviei uma crítica a sua coluna, só pode ser de propósito, para chamar a
atenção, pelo ridículo, pela tolice em si. Como a tal de Joelma da Banda KY,
aquela porcaria que só serve para foder o ouvido da gente, como se fosse o
orifício excretor do corpo humano, que o Fastão fez virar sucesso, para receber
seus 10% em cada venda de cd, que
agora no ostracismo, já não convence ninguém, quer aparecer, ou reaparecer,
sair da escuridão, com o discurso evangélico contra os homossexuais. Logo ela
que se vale de todos os recursos mundanos e até materialistas para atrair público,
que fez lipoaspiração no Mercado Ver—o-Peso, na base da peixeirada, uma barriga
escrota, um umbigo ridículo, tanto quanto a música que apresenta, por falta de produzi
coisa que o valha, como muita gente, vem jogar pedra no telhado alheio. É a
mania de querer aparecer, ao invés de estudar, ler, informar-se, pelo Método
Madona, do escândalo, da mentira, da super exposição, sem apresentar contudo,
conteúdo que sirva para pelo menos, começo de discussão e contribuição. Mas
convenhamos, a Madona, até virar Queen of
the Queens, a Rainha da Bicharada, “ter sorte de dar certo”, era puta de
rua. Levou para os lares, essa sua forma de viver, como a certa. E nada para
agradar mais puta, do que andar com gay. Seu público alvo. Elas fazem sexo por
dinheiro, eles não vão fodê-las nunca, pares perfeitos. E se espalhou pelo
mundo, esse “Marketing Pessoal”, tão agradável ao Neoliberalismo que até em
colégio religioso, é o método mais ensinado, para “ser gente!”. E tirando os
escândalos, qual a grande contribuição artística, musical, política que vai
deixar de lembrança? “A Publicidade da Putaria”. Reino livre para as garotas de
programa...
Ah, o Claudio
Manoel, Mañuel, Mané, sei lá, comparava o Comunismo ao Nazismo. Coisa de
jumento mesmo. O Nazismo é uma extensão do Capitalismo, como as Ditaduras
Militares, a Social Democracia etc. O Comunismo é uma revolução, na expressão
da palavra, pois para existir, muda paradigmas, muita a relação das classes,
desaloja quem estava, para colocar uma nova sociedade, com características
diferentes, como proprietária de tudo, de todos e para a maioria. Mas o que tem
de gente que ouviu falar, falando besteira até hoje, é uma coisa sem par.
Decidi nem rebater a tolice, pois já vi que é isso mesmo que ele quer. Quanto
mais responderem, mesmo que seja uma sandice sem fim sua coluna, mais ele é
mantido na revista. Então deixa ele morrer do próprio veneno. O Bussunda
morreu, a graça do encostado que chegou no fim da festa, muito depois do fanzine Casseta Popular e quase no meio
do Casseta & Planeta, acabou.
São a versão
mais acabada da música do Caetano Veloso “é que Narciso acha feio o que não é
espelho”. Eu infiro encima disso que essa gente só enxerga o mundo, a partir da
imagem invertida. No espelho, o que é canhoto, vira destro, o que está no olho
esquerdo, vira direito, fora dali, Narciso não consegue ver o mundo como
realmente é, fazer análise, a partir da realidade e não do que gostaria que o
mundo fosse. E dessa imagem canhestra, dá as mais absurdas opiniões. É para
essa gente que as ambulâncias e os carros de bombeiros, vêm escritos de trás
para frente. AICNÂLUBMA.
OS TAXISTAS
No ponto de
táxi, Ricardo um tipo que tem suas próprias ideias, discutia com os outros,
defendendo o que pensava ser o mais coerente, quando Tobias chegou chutando o
balde.
- Tu és muito
monocromático.
-
Monocromático?
- É. Tu só
gostas de verde. És monocromático.
- Mas se eu
gosto só de verde, por si, já não posso ser visto como monocromático. As cores primárias,
do arco-íris, ao espectro de luz, são azul, amarelo, vermelho, pode-se colocar
aí, o infravermelho e outras cores não percebidas pelo olho humano, mas é outra
história. O verde em si, é a união do azul ciano, com o amarelo.
- Mas tu és
monocromático.
- Não posso
ser. Já falei que só por gostar de verde, já passo longe desse minimalismo
cromático. E eu gosto de outros tons de verde, não fico só em um.
- Viu? Tudo
para ti é verde. Monocromático!
- Não, eu gosto
do verde, do mais escuro ao mais claro.
- Não é ser
monocromático?
- Não. Para se
conseguir um verde mais escuro, ou mais claro, às vezes se mistura com outras
cores...
- Como o
preto.
- Não, aí é
ausência de cor total. Como vou misturar o que falta, para completar alguma
coisa?
- E tu misturas
o verde com o branco, para conseguir que fique mais claro?
- Talvez, ou
uso mais o amarelo.
- Mas o branco
é uma forma de ser mais monocromático.
- Ledo engano
meu caro. Se eu uso o branco, sou mais plural do que tu imaginas, pois o branco
por si, é a união de todas as cores do espectro. Então, quando faço uso do branco,
não posso ser chamado de monocromático. Eu uso mais cores do que se possa
imaginar. E qual a cor que tu gostas?
- Magenta!
- Pra ver!
Só para
esclarecer quem não se lembre, as cores primárias de Sir Issac Newton, eram
amarelo, magenta e azul ciano. O branco, pelo teste rápido da roda cromática, é
a fusão de todas, em velocidade tal que elas desaparecem como são e formam o
branco.
Só por causa dessa observação, Tobias matou Ricardo a
tiro. Ou talvez haja outra explicação para o ato em si. Não conseguindo acabar
a discussão com o rótulo que queria classificar o adversário como “perigoso”,
tenha apelado para a total falta de argumento.
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