Há uns dois anos, Petrópolis, Teresópolis
etc., tiveram envolvidos numa calamidade pública, onde caíram barrancos, casas,
pessoas foram soterradas, famílias inteiras sem condições de sobrevivência. Até
eu, um ser que não suporto essa pieguice de filantropia, peguei umas roupas
boas que não cabiam mais neste corpinho, de marcas muito boas, e enviei. E
outras coisas mais. Baixou aquela alma caridosa nesta pessoa.
O Governo Federal, como sempre, acudiu o
Rio de Janeiro, como pode, para não gastarem um tostão do seu erário.
Imagina-se que estivesse tudo bem, tudo
legal.
Tempos e tempos depois, chega a notícia
que até hoje, o dinheiro não chegou aos necessitados, o estoque de água mineral
foi desviada e vendida a preço de ouro, mantimentos, repassados para
supermercados da região e suspeito eu, aquelas roupas que enviei, devem estar
em algum brechó chique, sendo vendidas e o resto, nem se fala.
Então, tempos depois, há eleições, os
caras votam nos mesmos de sempre. O Pedro Álvares Cabral Filho, o pelego do
Paes etc. Espera aí, ou eu sou palhaço, ou estão de gaiatice com a minha cara.
Aí, abre-se a maior guerra, entre estados
produtores e não-produtores, pelos royalties
do petróleo. Sim, o Rio, o Espírito Santo, como sempre, o quintal fluminense,
até a baía é em proporções menores, mas muito parecida, vai junto, arvoram-se a
ser produtores de petróleo. É como bater punheta no pau dos outros, engarrafar
a gala e vender como leite de vaca. ESTADO PRODUTOR. Só pode ser putaria!
A maior gritaria. E para frescarem ainda
mais, dizem, com a maior desconsideração: “o que são R$ 31 bilhões?” Porra, a
coisa é tão desregrada que eles não sabem o que é isso. R$ 31 bilhões. Devem
estar roubando, sem vergonha. Manda para a minha C/C que eu apareço na Forbes,
no outro dia, como o cara mais rico do mundo. Ladrão no Brasil, como disse um
analista americano que se abismou com as fraudes, não rouba milhares, é na base
do milhão de dólares naquele tempo e agora, até se pergunta, o que são R$ 31
bilhões? É uma miséria. Imagina!
Eu fiz aqui um cálculo rápido na minha
HP12C, R$ 31 bilhões, dividido por 23 Estados e o DF, dá uma “miséria” na casa
de uns R$ 913 nilhões. Mixaria! Eu ficaria contente, juro por Deus! Dá para
começar a pensar em fazer muita coisa. Mesmo que pública. Imagina quantas
creches, escolas, hospitais... Lógico, se não superfaturarem as obras, como
parece ser normal nos Estados Produtores. Aí, nem trilhões, serão considerados
nada!
É muito. Ainda mais nas mãos de Estados
que sempre foram favorecidos, em detrimento ao desenvolvimento nacional como um
todo. Aí vem SanPaulo, para ganhar notoriedade, dizendo que produz. Muuuuuuuuuuito,
no máximo... Porra nenhuma. Mas, desde quando jogaram os escravos libertos na
sarjeta e o estado mandou virem os miseráveis europeus para substituir mão de
obra barata, SanPaulo sempre quer levar mais vantagem do que todo mundo.
Meninos espertos! E votam no Kassab. Muito espertos!
Mas já dizia a canção antiga, quem não
chora não mama, esses Estados aprenderam a contar a História do Brasil, a partir
de seu ponto de vista. Daqui a pouco, quem descobriu o Brasil, foi o Manoel da
Nóbrega da Praça É Nossa, que teve como navegador, José de Anchieta e quem
rezou a Primeira Missa, foi Mem de Sá. Se o Brasil já é o maior puteiro,
imagina se esses estelionatários nacionais fizerem-no de pernas para o ar. Aí
fodeu-se, sem beijinho no cangote, nem preliminares. Vai no seco!
O Pedro Álvares Cabral Filho, para chamar
a atenção da plateia, ano que vem, é ano de eleição, deu chilique, disse que não
pagaria mais ninguém, eu, tenho para mim que quando o homem começa assim, dá o
cu que passa. E se doer na entrada, tem KY, vaselina, Deep Easy, Slip analgésico,
um monte, para a mesma função e se mesmo assim, ainda “causar”, houver algum
desconforto, nada como uma cuspidinha no anel, um dedinho no rego, arregaça o
bicho, pronto, manda para dentro. Ele deixa de frescura! O rapaz está afim de
se entregar nos braços de Romeu e não sabe dizer “toma”! “Dou-lhe! Dá-lhe!”
É assim que se faz política no Rio, como
se tudo fosse brincadeira. O terceiro colégio eleitoral tem mania de eleger
bostas. SanPaulo elegeu com a maioria dos votos, o Tiririca, mas ele tem se
comportado condignamente, mesmo que tenha adquirido aquele ranço paulista de
achar que o voto deles tem de ser melhor do que o de todo mundo, mas o palhaço
paulista, não se compara com os palhaços do Ri.
Agora, quando nada foi resolvido, desde a
calamidade passada, apesar dos R$ 31 bilhões, fora a arrecadação estadual e as
ajudas federais, novas tragédias, do mesmo jeito. Cadê os royalties? Cadê as ambulâncias do SAMU, paradas até hoje? Cadê os
veículos cedidos ao Ri, pela Força Nacional que não fora desembaraçadas? É de
se perguntar. Será que não vivem chorando de barriga cheia? E o que nos sobra?
Com menos do que o valor dos royalties, não dava para tomar
providências, para não se ouvir falar em tragédias repetitivas como essas? É
por isso que eu digo que não sou eu que sou repetitivo,mas a História do
Brasil. Se continuarem a votar em gente desqualificada para gerir o estado, mas
muito qualificada para desviar o dinheiro público, daqui a 10, a 20, quem sabe,
até 30 anos, chegaram as chuvas de verão, parece a música do Tom Jobim. “É pau,
é pedra... é o fim da picada!” E o gestor público, vem fazer chacota com a cara
da gente, como se fossemos reféns, das tolices do Rio de Janeiro, para todo o
sempre?
Como dizia um amigo meu, às nossas amigas
que caminhavam conosco, o leite materno, tem as mesmas qualidades do esperma.
Quando neném chorar por peito, dê-lhe uma caceta de respeito, daqueles cara que
não fazem sexo por anos, para o bebê chupar.Vai ter leite a se fartar. O Rio e
o Sudeste vivem de fazer birra, para ganhar mais do que seus irmãos? Sempre?
Estamos falando de tragédia, o povo não
tem culpa pelos desmandos de seus algozes, mas já é hora, antes de se liberarem
recursos, antes de se fazerem campanhas plangentes, para ajudar nossos amigos,
compatriotas e iguais, dos estados “não-produtores”, exigirem que seja prestado
conta, de tanto dinheiro que some, nas profundezas das bacias de petróleo e
entra ano e sai ano, a mesma esculhambação, uns pilantras enriquecendo com o
dinheiro público, enquanto o público que depende dessa dinheirama, não vê nem o
cheiro e os atolados de ontem, acabam soterrados hoje, para morrerem de
desmoronamento depois de amanhã, porque parece que se colocou uma horda de
moleques, para nos roubar, Brasil afora, ou pior, Brasil adentro, sem vaselina,
nem cuspe e ainda têm o desplante de achar que R$ 31 bilhões não é nada.
Seria muito, caso fosse aplicado em
política habitacional, em escolas, em infraestrutura, em qualidade de vida para
os seus, em muita coisa e ainda sobraria. Agora, quando se discute uma questão de
suma importância e o peroba enrustido, sem convencer ninguém, vem blefar, dizer
que vai ao STF – ele é leso, mas sabe muito bem o que faz – e ainda assim, fica
todo mundo achando normal, Campos ser a maior bacia petrolífera e mesmo assim,
ser uma zona, está mais para a Baixa da Égua, do que Baixada Fluminense, quando
há séculos, os barrancos caem, as ruas alagam, nas águas de março e não se vê
solução alguma, como se a vida dos contribuintes, fosse brincadeira com soldadinho
de chumbo, para negociar a rendição de uma população bestificada, com tanta
incompetência, é de permitir que novas verbas sejam “consumidas” em Paraísos
Fiscais e a política, antes de ser a busca por soluções possíveis a todos, seja
a solução de enriquecimento ilícito, para poucos.
Parece que tanto faz, os R$ 31 bilhões
ficarem no Rio, em São Paulo, no Espírito Santo que nada muda, ou pior, sempre
fica pior!
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