quinta-feira, 28 de março de 2013

NEWS OF BEYOND - AMAZING EDITION


Nossa revista não é irresponsável de contar uma história e não contextualizar em relação à História, como o fazem, muitos outros meios de comunicação.
O mundo tem mudado? Tem. Mas de certa maneira, ainda querem fazê-lo como uma mentira perpétua. O que era uma verdade inquestionável ontem, hoje pode ser uma piada de mau gosto. O que era uma maneira de se apresentar ao mercado, hoje pode ser a antítese social do próprio mercado.
Então, comecemos pelo começo. O Brasil é um país de gente hipócrita, ou de espertalhões que aprendem a ser assim, desde a pia batismal, quando Frei Sardinha rezou a Primeira Missa. O que se falava ontem, hoje é bem capaz de se omitir por ora, para não se parecer fora de moda. Um povo que aprende a não ser confiável, a mudar de concepção ao primeiro sinal de mudança dos ventos. Dou como exemplo um fato que aconteceu com nosso Diretor de Redação Thevis. Quando resolveu plantar no quintal, sua digníssima mãe observou a ele, para não transformar sua casa numa selva. Quando por fim, germinaram as sementes e ele foi retirar a chicória, grandes, enormes, diga-se de passagem, ela não gostou, pois se ficasse retirando assim, acabaria com o jardim. Ou seja, antes, havia o temor de virar selva, mas desde que frutificou, agora é parte da casa e não pode ser mexido. E exemplos assim, são visíveis e risíveis, em muitos lugares ao mesmo tempo, do cidadão e/ou da cidadã que ontem defendia com unhas e dentes uma coisa, hoje, faz de conta que nem sabia que aquilo estava acontecendo. Nossa herança ibérica, muito arraigada ainda.
Isso se deve em parte à nossa “colonização” cristã que por si, é de uma falsidade sem par. O Salvador era chamado de Homem, mas na verdade suas ações, eram de uma frescura sem limites. A noção de vida é tão estranha que na verdade, a vida de verdade, acaba sendo a morte. Ou seja, nada do que é, será e não tem relação alguma com o que se conhece de verdade. O mundo post-mortem que tanto no Judaísmo, quanto nas outras seitas messiânicas, de se ter de passar pelo julgamento do Dia do Juízo Final, de repente, vira um ato comum, de ir e vir, do Céu para o Inferno, sem a necessidade da ressurreição da carne, como está dito. Em suma, eles mesmos se enganam diariamente.
Então, diante dessa charlatanice eterna, as meninas brasileiras relegadas a homens machistas por terem medo de sua própria sexualidade, acostumaram-se a fingir, para agradar, como todo o resto do país, onde não se tem coragem de ir contra certas coisa e se alia a quem nos faz mal. Mantinham-se virgens, ou “puras”, com o hímen vaginal, dentro dos princípios cristãos de “pureza”, de “virgindade”, mas sabiam muitas vezes, mais do que as putas dos bordéis. Veio daí, a mania de fazer as coisas nas coxas. Não tinham prazer de verdade, mas eram ensinadas que o prazer sexual, só o homem pode ter. Então, colocavam as coisas de quem quer que as possua, tanto no momento, quanto no casamento, ato máximo da feminilidade religiosa, nas coxas e tinham o prazer de dar prazer ao seu escolhido e, perante a sociedade, continuavam intactas, com o hímen, para casarem de véu e de grinalda, com a alma tão perdida, quanto caráter no Neoliberalismo que também se vale muito dessas religiões de bosta. Só que essa mesma sociedade estranha, tem um Deus que dizem ser onisciente e parece que não entendem bem o que significa isso. Onisciência que as tias fofoqueiras de antigamente, tanto desejavam, é o poder de saber de tudo, até quando se pensa, sem se expressar externamente. Então, o pecado não é uma coisa que o seja, só quando descoberto. O pecado é fazer, mas antes de tudo, é pensar em fazer. “Não desejar a mulher do próximo, não é pecado só quando se leva para o ato libidinoso final, mas pelas regras dessas religiões, só em pensar em dar uma pirocada com ela, está se pecando. Eita mundo escroto, falso! Deus já sabe. Mas eles mesmos, os mais carolas, tanto sabem que isso é só fantasia que preferem se esconder na moita, atrás da cortina, como se Deus não pudesse saber o que estão fazendo.
Esse ato de fazer as coisas nas coxas foi há muito tempo, quando as brasileiras tinham coxas grossas e até as pernas grossas, naturalmente. Hoje, depois de nos tornamos reféns das vontades externas, até a imagem da mulher mudou. No Norte do país, a mulher virou objeto, é tratada como se tivéssemos sido colonizados por europeus rudes que colocavam e colocam a mulher, como a essência da porra nenhuma, quando a história ancestral desses povos, era de sociedades onde a participação feminina era tão comum que nem se distinguiam as pessoas por seu gênero, como ainda o fazem as sociedades europeias que venceram as culturas mundo afora, com as armas da ignorância.
Hoje, quem sabe, felizmente as mulheres não precisam mais fazer sexo nas coxas, talvez por terem liberado o sexo, como uma coisa banal, mas assim mesmo, com grande significado ao macho, para darem prazer ainda, mais ao macho do que à relação como um todo, porque o modelo que as nossas mulheres seguem, é o dos corpos macérrimos, sem curvas, sem nádegas, ou melhor, sem nada, diga-se de passagem. Hoje o louco que tentar “fazer nas coxas” literalmente falando, tende a ter muito mais desprazer, pois, ou pega uma dessas mulheres que as coxas não se encontram nem no infinito, mesmo que sejam paralelas, ou aquelas anabolizadas que as coxas parecem paredes de concreto.
Aliás, mais uma vez, vamos nos valer do exemplo de nosso Diretor de Redação, o Thevis. Diz ele que quando jovem, adolescente talvez, foi assistir a um jogo da Seleção Brasileira de Basquete, com Hortência, Paula, Vânia e companhia. A equipe adversária era a Espanha. Encantou-se por uma jogadora basca, mas teve medo de ser nocauteado por uma chave de coxas. Tudo lindo e maravilhoso, quando olhou para as coxas da menina, nem juntando Pelé, Roberto Carlos – o jogador – e estivador que carrega mais de 200 quilos nos ombros, nem assim esse ser misturado, chegaria ao tamanho daquelas coxas. Por via das dúvidas, era melhor ficar quieto, do que perder sua virilidade, sua masculinidade e até sua hombridade que até hoje, está situada para muitos homens, dentro da cueca e só, do que arriscar.
Outro termo muito usado para se citar uma coisa que é feita só para constar, não para ser utilizado de verdade, como muito se tem feito por aí e por aqui, é o termo só para inglês ver.
Dizem que surgiu quando a Família Real de Portugal, com medo de Napoleão, refugiou-se na Colônia que ficou conhecida como Brasil. Como os ingleses eram seus padrinhos, ou seja, rivalizavam com a França, muita coisa foi feita, para inglês ver, ou seja, uma encenação sem consequências.
Eis nossa sociedade! A Sociedade Brasileira. Que jura acreditar em Deus, mas só, quando pede vantagens para si, de joelhos orando na frente de todo mundo, na maior soberba. Que cita os Sete Pecados Capitais, mas justamente, faz exatamente como está dito que é pecado. Inveja, luxúria, ganância e outros, são mais comuns do que Fusca nos anos de 1968 e Kombi nas mãos de partidos clandestinos e subversivos. Ou seja, tudo o que diz, é o que não se faz.
Dia desses, um amigo de nosso Diretor de Redação, empolgado por ter de fazer o curso para reaver sua carteira de habilitação, coisa que não o fez na juventude, quando comprou-a, sabedor da legislação de Trânsito, já temporão, parou encima da faixa de pedestre e perguntava qual a infração que estava cometendo. Thevis fez duas perguntas.
- Aí onde tu estás, era uma faixa de pedestre?
Estava apagada, como tantas outras. E.
- Se tu sabes que é errado, porque tu fazer justamente o contrário, ao invés do que tem de ser feito?
A esposa do amigo, falou que achava que ele iria viver de fazer curso, ter a CNH recuperada, ser tomada, fazer curso..., numa sequência sem fim.
Mas brasileiro tem muito disso, de ao invés de estudar para se destacar, de ao invés de pensar para se destacar, de ao invés de se destacar por um ato heroico, não, adora aparecer, chamar a atenção pelo ridículo, pela destruição do patrimônio público por se achar incapacitado, depois de tanto discurso que por tempos o fez pensar que era inferior, do que procurar se destacar pelo lado positivo, pela imagem de cidadão integral. Mesmo porque, até hoje, é mais fácil se destacar quem é rude, quem não tem conteúdo algum, do que quem rala de verdade, senta a bunda nas cadeiras escolares, sua para conseguir contribuir com a sociedade todo dia. Os veículos de comunicação, excetuando nosso News Of Beyond, parecem porta-vozes dos desejos alheios, alheios à nossa realidade e incentivam o uso e o abuso de quem aparece pelo lado obscuro do ser, para influenciar toda uma sociedade, quem sabe, para lhes permitir exercer a marginalidade, como os grandes heróis.
Dito isso, vamos às manchetes do dia.
ÊH CABOCO LESO – na simulação de resgates na Praia da Ponta Negra, logradouro público utilizado para enriquecer empresários de pneus e do Senado Federal, que acabou sendo vista como uma grande tragédia sem fim, o Oficial do Corpo de Bombeiros, usou uma prancha para resgatar o rapaz que se fazia passar por afogado. Desde áureos tempos, os povos autóctones do Amazonas, da Amazônia, do Norte do Brasil, do Brasil e outras tribos do mundo inteiro que têm relação com recursos hídricos, sabem muito bem que a quilha seja de canoa, de prancha, até de barco modelo, tem de ficar para baixo, pois é o que dá firmeza na direção. O bombeiro, talvez para não parecer caboco, para não ser chamado de índio, inovou, com a quilha para cima. Ou quem sabe, para mostrar a todos que o Amazonas se depender de suas autoridades, está sem rumo. Uma gente que vive de puxar o saco, por não acreditar, ou saber muito bem de seu potencial que acaba querendo que se gaste uma dinheirama com produtos caros, sem ao menos se dar a menor assistência de como usar. É a cultura de se pensar que o estado é mãe e uma viúva rica e essa riqueza nasce como capim, sem esforço algum. E nós ficamos observando como se tudo aquilo não significasse nada no nosso bolso.
PÁTRIA MÃE GENTIL – o Estádio do Engenhão que foi utilizado faz 6 anos, para os jogos Pan-Americanos, está interditado, justamente quando se aproxima a Copa das Confederações no Brasil. As empreiteiras que o Governo do Brasil quer que represente a pátria nos BRICS, têm o erário, como vaca leiteira, sem dono, onde a qualquer momento, podem tirar sem precisar apresentar a contrapartida e em sendo assim, acham que podem inclusive desperdiçar, jogar fora, quando bem entendem, sem que sejam molestadas.
                                               O Programa Minha Casa Minha Vida que está mais para Meu Barraco É de Morte, também a cargo dessas empreiteiras conhecidas, está mais perigoso do que encosta de morro. A CEF diz que vai deixá-las inidôneos, para participarem de outras concorrências públicas, o que é pouco. Têm de devolver o dinheiro, com juros e correções, têm de reconstruir tudo num prazo mínimo e com qualidade e têm de pagar o aluguel para as famílias atingidas, durante o prazo em que estiverem desabrigadas e desalojadas do que é seu. Muito pelo contrário, o estado, ou a vaca leiteira, apenas notifica as empreiteiras e todos os custos, com o abrigo, a alimentação e outros, fica a cargo do governo, ou melhor, tirando dos nosso, dos pobres, para enriquecer pilantra.
                                               Mas quem sabe, muito disso, seja o modelo que se tentou imitar do M.I.T. de colocar no mercado, profissionais sem a devida necessidade de apreenderem o que estudaram. A pressa de formar, não para colocar cidadãos, mas para preencher cargos que estavam vagos, mesmo sem capacidade alguma, criam bandidos que antes de se lembrarem de Hipócrates, ou de qualquer juramento que fizeram, querem faturar encima da saúde da população até da vida alheira, e até matam, em nome do Senhor, para serem bem conceituados perante a direção de suas instituições, dando lucros, mesmo que não sejam da área de Finanças. Por anos, formaram-se profissionais que antes de saberem o básico, já saíam doutores. No Ensino de Administração, nessas escolas particulares, bancos financeiros da Educação, todos tinham “ênfase”. Podiam não entender nada de administração de pessoas, de liderança, de chefia, de produção, de vendas, mas já saíam administradores com “ênfase em...”. Há algum tempo, o CFA - Conselho Federal de Administração, disse que tentaria acabar com essa presepada e pelo visto, conseguiu. Agora, todos têm de ser estudantes de Administração, depois da graduação é que vão se especializar em uma pós-graduação. O que se tentou fazer do Brasil era um seriado de House, num país inteiro. Onde o Doutor House, por ser especialista, nunca generalista em princípio, como é o Ensino da Medicina nos EUA, precisava de uma equipe multidisciplinar, para inferir sobre um tumor nas axilas do paciente. É que nos EUA, onde essa prática começou, diferentemente do Brasil, onde todo médico é generalista, para depois fazer Residência, cada um já sai especialista com “ênfase”. Ou seja, veem o corpo humano, como setores que não têm relação alguma com o todo. O neourologista, não sabe nada de cardiologia, muito menos de psiquiatria, nem de cirurgia. O cardiologista, por seu lado, trata apenas do coração, sem relacionar com os pulmões, com o estômago, com a pele, com os dentes. Um gasto desnecessário, quando se podia descomplicar, com a generalização para se chegar ao específico. Ou seja, tentou-se criar um mundo muito especializado que tornou possível, que se excluísse, quem não é igual. O mundo que odeia índios, mas se reunia em “tribos”. O torcedor do time tal quer acabar com o time qual, sem pensar que se o fizer, não terá mais competição e o próprio clube dele, fechará as portas, por não fazer mais sentido entrar em campo, sem adversário.
A LUZ NO FIM DO TÚNEL – Foi visível que a tal globalização na verdade, era uma forma de acabar com as manifestações populares, de acabar com as representações de classes, a não ser da classe no poder. Nesse meio tempo, enquanto se tentava diluir os grêmios estudantis, os sindicatos na sua essência, na expressão da palavra, de trabalhadores, formaram-se sindicatos patronais, uma aberração que tem o pomposo nome em Economia, de TRUSTE, mas no mundo do faz-de-conta, chamam de sindicato de donos de empresas, o que nunca existiu, nem se sustenta, numa análise mais inteligente.
                                                           Porém, como se diz, a mentira tem pernas curtas e depois que o modelo econômico, social, político e ideológico que vigeu até agora, mostra fendas em suas estruturas, não consegue de verdade sustentar o peso da verdade, depois que a corrupção virou um meio de vida, as crises econômicas uma maneira de garantir ganhos aos bilionários, o salve-se quem puder, um traço de personalidade, a vida aos poucos vai voltado à sua normalidade, das classes se sentirem classes sociais de verdade, de verem que a luta de classes, não acabou como fora dito por um terrorista corrupto e safado, mas acirrou-se ainda mais, agora então, no limiar de se decidir para onde seguir, e aos poucos, as ruas voltam a ser do povo, para o povo, com o povo. Estudantes amazonenses, que desde que o Thevis deixou de ser líder estudantil, pareciam estar alienados completamente, voltaram a se manifestar, mais uma vez, pela passagem de ônibus e agregaram em sua demanda, milhares de pessoas, como se fazia há tempos. Em todo o mundo, de vez em quando os desvalidos mostram a força de seu poder, desde que unidos, o que os perniciosos donos do poder, tentaram desunir, para dominar. O mundo ainda tem salvação e não é no Sábado de Aleluia, nem no Domingo de Páscoa, mas dentro da realidade dos povos. A partir de se permitir o discernimento, para as pessoas, ao invés de as tornar gado no pasto.

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OBSERVADORES DE PLANTÃO