Nossa revista não é irresponsável de contar uma história e não contextualizar em relação à História, como o fazem, muitos outros meios de comunicação.
O mundo tem mudado? Tem. Mas de certa
maneira, ainda querem fazê-lo como uma mentira perpétua. O que era uma verdade
inquestionável ontem, hoje pode ser uma piada de mau gosto. O que era uma
maneira de se apresentar ao mercado, hoje pode ser a antítese social do próprio
mercado.
Então, comecemos pelo começo. O Brasil é
um país de gente hipócrita, ou de espertalhões que aprendem a ser assim, desde
a pia batismal, quando Frei Sardinha rezou a Primeira Missa. O que se falava
ontem, hoje é bem capaz de se omitir por ora, para não se parecer fora de moda.
Um povo que aprende a não ser confiável, a mudar de concepção ao primeiro sinal
de mudança dos ventos. Dou como exemplo um fato que aconteceu com nosso Diretor
de Redação Thevis. Quando resolveu plantar no quintal, sua digníssima mãe
observou a ele, para não transformar sua casa numa selva. Quando por fim,
germinaram as sementes e ele foi retirar a chicória, grandes, enormes, diga-se
de passagem, ela não gostou, pois se ficasse retirando assim, acabaria com o
jardim. Ou seja, antes, havia o temor de virar selva, mas desde que frutificou,
agora é parte da casa e não pode ser mexido. E exemplos assim, são visíveis e
risíveis, em muitos lugares ao mesmo tempo, do cidadão e/ou da cidadã que ontem
defendia com unhas e dentes uma coisa, hoje, faz de conta que nem sabia que
aquilo estava acontecendo. Nossa herança ibérica, muito arraigada ainda.
Isso se deve em parte à nossa “colonização”
cristã que por si, é de uma falsidade sem par. O Salvador era chamado de Homem,
mas na verdade suas ações, eram de uma frescura sem limites. A noção de vida é
tão estranha que na verdade, a vida de verdade, acaba sendo a morte. Ou seja,
nada do que é, será e não tem relação alguma com o que se conhece de verdade. O
mundo post-mortem que tanto no Judaísmo,
quanto nas outras seitas messiânicas, de se ter de passar pelo julgamento do
Dia do Juízo Final, de repente, vira um ato comum, de ir e vir, do Céu para o
Inferno, sem a necessidade da ressurreição da carne, como está dito. Em suma,
eles mesmos se enganam diariamente.
Então, diante dessa charlatanice eterna,
as meninas brasileiras relegadas a homens machistas por terem medo de sua
própria sexualidade, acostumaram-se a fingir, para agradar, como todo o resto
do país, onde não se tem coragem de ir contra certas coisa e se alia a quem nos
faz mal. Mantinham-se virgens, ou “puras”, com o hímen vaginal, dentro dos
princípios cristãos de “pureza”, de “virgindade”, mas sabiam muitas vezes, mais
do que as putas dos bordéis. Veio daí, a mania de fazer as coisas nas coxas.
Não tinham prazer de verdade, mas eram ensinadas que o prazer sexual, só o
homem pode ter. Então, colocavam as coisas de quem quer que as possua, tanto no
momento, quanto no casamento, ato máximo da feminilidade religiosa, nas coxas e
tinham o prazer de dar prazer ao seu escolhido e, perante a sociedade, continuavam
intactas, com o hímen, para casarem de véu e de grinalda, com a alma tão
perdida, quanto caráter no Neoliberalismo que também se vale muito dessas
religiões de bosta. Só que essa mesma sociedade estranha, tem um Deus que dizem
ser onisciente e parece que não entendem bem o que significa isso. Onisciência
que as tias fofoqueiras de antigamente, tanto desejavam, é o poder de saber de
tudo, até quando se pensa, sem se expressar externamente. Então, o pecado não é
uma coisa que o seja, só quando descoberto. O pecado é fazer, mas antes de
tudo, é pensar em fazer. “Não desejar a mulher do próximo, não é pecado só
quando se leva para o ato libidinoso final, mas pelas regras dessas religiões,
só em pensar em dar uma pirocada com ela, está se pecando. Eita mundo escroto,
falso! Deus já sabe. Mas eles mesmos, os mais carolas, tanto sabem que isso é
só fantasia que preferem se esconder na moita, atrás da cortina, como se Deus
não pudesse saber o que estão fazendo.
Esse ato de fazer as coisas nas coxas foi
há muito tempo, quando as brasileiras tinham coxas grossas e até as pernas
grossas, naturalmente. Hoje, depois de nos tornamos reféns das vontades
externas, até a imagem da mulher mudou. No Norte do país, a mulher virou
objeto, é tratada como se tivéssemos sido colonizados por europeus rudes que
colocavam e colocam a mulher, como a essência da porra nenhuma, quando a história
ancestral desses povos, era de sociedades onde a participação feminina era tão
comum que nem se distinguiam as pessoas por seu gênero, como ainda o fazem as
sociedades europeias que venceram as culturas mundo afora, com as armas da
ignorância.
Hoje, quem sabe, felizmente as mulheres
não precisam mais fazer sexo nas coxas, talvez por terem liberado o sexo, como
uma coisa banal, mas assim mesmo, com grande significado ao macho, para darem
prazer ainda, mais ao macho do que à relação como um todo, porque o modelo que
as nossas mulheres seguem, é o dos corpos macérrimos, sem curvas, sem nádegas, ou
melhor, sem nada, diga-se de passagem. Hoje o louco que tentar “fazer nas coxas”
literalmente falando, tende a ter muito mais desprazer, pois, ou pega uma
dessas mulheres que as coxas não se encontram nem no infinito, mesmo que sejam
paralelas, ou aquelas anabolizadas que as coxas parecem paredes de concreto.
Aliás, mais uma vez, vamos nos valer do
exemplo de nosso Diretor de Redação, o Thevis. Diz ele que quando jovem,
adolescente talvez, foi assistir a um jogo da Seleção Brasileira de Basquete,
com Hortência, Paula, Vânia e companhia. A equipe adversária era a Espanha.
Encantou-se por uma jogadora basca, mas teve medo de ser nocauteado por uma
chave de coxas. Tudo lindo e maravilhoso, quando olhou para as coxas da menina,
nem juntando Pelé, Roberto Carlos – o jogador – e estivador que carrega mais de
200 quilos nos ombros, nem assim esse ser misturado, chegaria ao tamanho
daquelas coxas. Por via das dúvidas, era melhor ficar quieto, do que perder sua
virilidade, sua masculinidade e até sua hombridade que até hoje, está situada
para muitos homens, dentro da cueca e só, do que arriscar.
Outro termo muito usado para se citar uma
coisa que é feita só para constar, não para ser utilizado de verdade, como
muito se tem feito por aí e por aqui, é o termo só para inglês ver.
Dizem que surgiu quando a Família Real de
Portugal, com medo de Napoleão, refugiou-se na Colônia que ficou conhecida como
Brasil. Como os ingleses eram seus padrinhos, ou seja, rivalizavam com a
França, muita coisa foi feita, para inglês ver, ou seja, uma encenação sem
consequências.
Eis nossa sociedade! A Sociedade
Brasileira. Que jura acreditar em Deus, mas só, quando pede vantagens para si,
de joelhos orando na frente de todo mundo, na maior soberba. Que cita os Sete
Pecados Capitais, mas justamente, faz exatamente como está dito que é pecado. Inveja,
luxúria, ganância e outros, são mais comuns do que Fusca nos anos de 1968 e
Kombi nas mãos de partidos clandestinos e subversivos. Ou seja, tudo o que diz,
é o que não se faz.
Dia desses, um amigo de nosso Diretor de
Redação, empolgado por ter de fazer o curso para reaver sua carteira de
habilitação, coisa que não o fez na juventude, quando comprou-a, sabedor da
legislação de Trânsito, já temporão, parou encima da faixa de pedestre e
perguntava qual a infração que estava cometendo. Thevis fez duas perguntas.
- Aí onde tu estás, era uma faixa de
pedestre?
Estava apagada, como tantas outras. E.
- Se tu sabes que é errado, porque tu
fazer justamente o contrário, ao invés do que tem de ser feito?
A esposa do amigo, falou que achava que
ele iria viver de fazer curso, ter a CNH recuperada, ser tomada, fazer
curso..., numa sequência sem fim.
Mas brasileiro tem muito disso, de ao
invés de estudar para se destacar, de ao invés de pensar para se destacar, de ao
invés de se destacar por um ato heroico, não, adora aparecer, chamar a atenção
pelo ridículo, pela destruição do patrimônio público por se achar incapacitado,
depois de tanto discurso que por tempos o fez pensar que era inferior, do que
procurar se destacar pelo lado positivo, pela imagem de cidadão integral. Mesmo
porque, até hoje, é mais fácil se destacar quem é rude, quem não tem conteúdo
algum, do que quem rala de verdade, senta a bunda nas cadeiras escolares, sua
para conseguir contribuir com a sociedade todo dia. Os veículos de comunicação,
excetuando nosso News Of Beyond,
parecem porta-vozes dos desejos alheios, alheios à nossa realidade e incentivam
o uso e o abuso de quem aparece pelo lado obscuro do ser, para influenciar toda
uma sociedade, quem sabe, para lhes permitir exercer a marginalidade, como os
grandes heróis.
Dito isso, vamos às manchetes do dia.
ÊH
CABOCO LESO – na simulação de resgates na
Praia da Ponta Negra, logradouro público utilizado para enriquecer empresários
de pneus e do Senado Federal, que acabou sendo vista como uma grande tragédia
sem fim, o Oficial do Corpo de Bombeiros, usou uma prancha para resgatar o
rapaz que se fazia passar por afogado. Desde áureos tempos, os povos autóctones
do Amazonas, da Amazônia, do Norte do Brasil, do Brasil e outras tribos do
mundo inteiro que têm relação com recursos hídricos, sabem muito bem que a
quilha seja de canoa, de prancha, até de barco modelo, tem de ficar para baixo,
pois é o que dá firmeza na direção. O bombeiro, talvez para não parecer caboco,
para não ser chamado de índio, inovou, com a quilha para cima. Ou quem sabe,
para mostrar a todos que o Amazonas se depender de suas autoridades, está sem
rumo. Uma gente que vive de puxar o saco, por não acreditar, ou saber muito bem
de seu potencial que acaba querendo que se gaste uma dinheirama com produtos
caros, sem ao menos se dar a menor assistência de como usar. É a cultura de se
pensar que o estado é mãe e uma viúva rica e essa riqueza nasce como capim, sem
esforço algum. E nós ficamos observando como se tudo aquilo não significasse
nada no nosso bolso.
PÁTRIA
MÃE GENTIL – o Estádio do Engenhão que foi
utilizado faz 6 anos, para os jogos Pan-Americanos, está interditado,
justamente quando se aproxima a Copa das Confederações no Brasil. As
empreiteiras que o Governo do Brasil quer que represente a pátria nos BRICS,
têm o erário, como vaca leiteira, sem dono, onde a qualquer momento, podem
tirar sem precisar apresentar a contrapartida e em sendo assim, acham que podem
inclusive desperdiçar, jogar fora, quando bem entendem, sem que sejam
molestadas.
O
Programa Minha Casa Minha Vida que está mais para Meu Barraco É de Morte,
também a cargo dessas empreiteiras conhecidas, está mais perigoso do que
encosta de morro. A CEF diz que vai deixá-las inidôneos, para participarem de
outras concorrências públicas, o que é pouco. Têm de devolver o dinheiro, com
juros e correções, têm de reconstruir tudo num prazo mínimo e com qualidade e
têm de pagar o aluguel para as famílias atingidas, durante o prazo em que
estiverem desabrigadas e desalojadas do que é seu. Muito pelo contrário, o
estado, ou a vaca leiteira, apenas notifica as empreiteiras e todos os custos,
com o abrigo, a alimentação e outros, fica a cargo do governo, ou melhor,
tirando dos nosso, dos pobres, para enriquecer pilantra.
Mas
quem sabe, muito disso, seja o modelo que se tentou imitar do M.I.T. de colocar
no mercado, profissionais sem a devida necessidade de apreenderem o que
estudaram. A pressa de formar, não para colocar cidadãos, mas para preencher
cargos que estavam vagos, mesmo sem capacidade alguma, criam bandidos que antes
de se lembrarem de Hipócrates, ou de qualquer juramento que fizeram, querem
faturar encima da saúde da população até da vida alheira, e até matam, em nome
do Senhor, para serem bem conceituados perante a direção de suas instituições,
dando lucros, mesmo que não sejam da área de Finanças. Por anos, formaram-se
profissionais que antes de saberem o básico, já saíam doutores. No Ensino de
Administração, nessas escolas particulares, bancos financeiros da Educação,
todos tinham “ênfase”. Podiam não entender nada de administração de pessoas, de
liderança, de chefia, de produção, de vendas, mas já saíam administradores com “ênfase
em...”. Há algum tempo, o CFA - Conselho Federal de Administração, disse que
tentaria acabar com essa presepada e pelo visto, conseguiu. Agora, todos têm de
ser estudantes de Administração, depois da graduação é que vão se especializar
em uma pós-graduação. O que se tentou fazer do Brasil era um seriado de House,
num país inteiro. Onde o Doutor House, por ser especialista, nunca generalista
em princípio, como é o Ensino da Medicina nos EUA, precisava de uma equipe
multidisciplinar, para inferir sobre um tumor nas axilas do paciente. É que nos
EUA, onde essa prática começou, diferentemente do Brasil, onde todo médico é
generalista, para depois fazer Residência, cada um já sai especialista com “ênfase”.
Ou seja, veem o corpo humano, como setores que não têm relação alguma com o
todo. O neourologista, não sabe nada de cardiologia, muito menos de
psiquiatria, nem de cirurgia. O cardiologista, por seu lado, trata apenas do
coração, sem relacionar com os pulmões, com o estômago, com a pele, com os
dentes. Um gasto desnecessário, quando se podia descomplicar, com a
generalização para se chegar ao específico. Ou seja, tentou-se criar um mundo
muito especializado que tornou possível, que se excluísse, quem não é igual. O
mundo que odeia índios, mas se reunia em “tribos”. O torcedor do time tal quer
acabar com o time qual, sem pensar que se o fizer, não terá mais competição e o
próprio clube dele, fechará as portas, por não fazer mais sentido entrar em
campo, sem adversário.
A
LUZ NO FIM DO TÚNEL – Foi visível que a tal
globalização na verdade, era uma forma de acabar com as manifestações
populares, de acabar com as representações de classes, a não ser da classe no
poder. Nesse meio tempo, enquanto se tentava diluir os grêmios estudantis, os
sindicatos na sua essência, na expressão da palavra, de trabalhadores, formaram-se
sindicatos patronais, uma aberração que tem o pomposo nome em Economia, de TRUSTE,
mas no mundo do faz-de-conta, chamam de sindicato de donos de empresas, o que
nunca existiu, nem se sustenta, numa análise mais inteligente.
Porém,
como se diz, a mentira tem pernas curtas e depois que o modelo econômico,
social, político e ideológico que vigeu até agora, mostra fendas em suas
estruturas, não consegue de verdade sustentar o peso da verdade, depois que a
corrupção virou um meio de vida, as crises econômicas uma maneira de garantir
ganhos aos bilionários, o salve-se quem puder, um traço de personalidade, a
vida aos poucos vai voltado à sua normalidade, das classes se sentirem classes
sociais de verdade, de verem que a luta de classes, não acabou como fora dito
por um terrorista corrupto e safado, mas acirrou-se ainda mais, agora então, no
limiar de se decidir para onde seguir, e aos poucos, as ruas voltam a ser do
povo, para o povo, com o povo. Estudantes amazonenses, que desde que o Thevis
deixou de ser líder estudantil, pareciam estar alienados completamente, voltaram
a se manifestar, mais uma vez, pela passagem de ônibus e agregaram em sua
demanda, milhares de pessoas, como se fazia há tempos. Em todo o mundo, de vez
em quando os desvalidos mostram a força de seu poder, desde que unidos, o que
os perniciosos donos do poder, tentaram desunir, para dominar. O mundo ainda
tem salvação e não é no Sábado de Aleluia, nem no Domingo de Páscoa, mas dentro
da realidade dos povos. A partir de se permitir o discernimento, para as
pessoas, ao invés de as tornar gado no pasto.
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