Já falei que quando chegávamos aos Congressos da UNE, num primeiro momento, o PT era maioria, mas maioria disparada. Posicionavam-se à esquerda de quem olhasse da Mesa. Bem Esquerditas mesmo, como dizia Lenin, os infantilóides. Mas na primeira conversa, no primeiro conchavo, um oferecimento de cargos nas chapas, os “carguistas” logo se viravam sozinhos e quase sempre, aquela força enorme, mostrava-se uma força de araque. Cada um por si e Deus que se lixe!
Ontem, indo
fazer o supermercado, o taxista, notava-se que era dos poucos católicos ainda,
estava estupefato, pelo fato de todas as lojas, estarem abertas. Dona
Therezinha, também católica radical, fundamentalista, dessas que nunca abriram
a Bíblia, culpava os evangélicos. Então, eu que sou ateu herético democrata
científico, tive de dizer que tudo vinha do mesmo ramo, depois é que se foi
deturpando. Tudo vem do Judaísmo que inventou o Deus Único e o Messias. Depois
vieram os outros, mas cristão, é tudo igual, acredita que o Messias era Jesus e
os judeus, acham que o Messias só virá mesmo, no Dia do Juízo Final que pelo
que se nota, não foi há mais de 2.000 anos atrás. E tirando alguns mais cristãos
mais tradicionalistas, ou de outro ramo como os ortodoxos que têm as datas,
como o Nascimento do Salvador, em 6 de janeiro, ou 24 de março, mas quanto à
Páscoa do Salvador, é tudo igual. Jesus morreu no pau e depois de dois dias, ou
somente um, virou purpurina e saiu dando pinta por aí.Isso, todos os seguidores
do Cristo, acreditam piamente, o que não acontece com judeus, mulçumanos e
islâmicos que acham que seus salvadores, são outros homem. Talvez, de verdade.Têm
um pé atrás, quanto a esse Homem. Digamos, para eles, estranho. E sejamos
honestos que um pé atrás, deve doer pacas. Só sendo mágico, ou sobrenatural,
para nem se dar conta.
Só para atiçar
mais a ira cristã dos fanáticos ouvintes, falei que está havendo o Festival Lollapalloza,
no Brasil. “Rock pesado! Sexta Feira
Santa,Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa.” Pronto, os filhos de Deus ficaram
arara. Como se todo mundo fosse obrigado a ser cristão, como eles. Engraçado!
Então, comecei a
pensar para eles deixarem de ser bestas.
- A sociedade
brasileira, pelo menos, mais de 60% é constituída de cristãos. Se as lojas
abrem num dia em que os cristãos acham sagrado e mesmo assim têm lucro, é
porque os próprios cristãos não estão nem aí para o fato. Estão cagando e
andando. Está mais para o flato. Se há um festival de rock, justamente nos dias em que a grande maioria acha que tem de
ser reservado á meditação, e tem público, é porque tem muito cristão que está
cagando para a morte de Cristo, não está nem aí para a morte da bezerra. Não é
simples? Se fossem esperar pelos ateus, além de serem minoria, mesmo assim, têm
os que não gostam de rock,nem folk-rock, nem festival,nem... Só aí,
teriam um prejuízo danado e ninguém em sã consciência, gosta de perder dinheiro
a não ser que se esteja fazendo demagogia e muita, para enternecer a plateia,
como o Bill Gates que quer que os ricos doem sua fortuna, mas não acaba de maneira
alguma, com a pretensão antiga, da Microsoft fazer venda casada e querer ser
monopolista em um mercado que a cada dia aparece com uma nova linguagem de
informática. É muita demagogia, mas tem quem acredite.
Mesmo que os evangélicos
fossem contra a Semana Santa, assim mesmo, os católicos ainda são maioria e
grande maioria. Nem fazendo as contas como eles, os evangélicos fazem, de se
mostrarem “como o povo evangélico”, mas na verdade, são a Assembleia de Deus, a
Igreja Presbiteriana, Luterana, Batista, Mormóns, o cacete a quatro, tudo com
seus interesses independentes, nem assim, chegam perto dos católicos, enquanto
maioria maciça no país. Vou me apresentar como “povo não cristão”, para ver se
tenho vez. Umbandistas, pessoal do Candomblé, budistas, monges de Krishna,
ateus...” Nem assim, conseguiríamos chegar perto da maioria esmagadora dos
católicos e mais ainda, cristãos como um todo. Mas então, porque não se “respeita”
a Semana Santa?
Porque, em
princípio, muita gente diz que acredita em Deus, mas só para constar. Se
existir, acha que está salvo. Se não existir, não vai deixar de curtir a vida,
por umas coisas sobrenaturais. A manha de ser esperto.
Não falo nada,
para não ser subjulgado por esse povo pouco democrata, mas fosse eu
cristão,católico em si, faria respeitarem o meu poder de maioria. Não forçando
quem não é, a ser, como já fizeram há tanto tempo e ainda tentam, mas dando
prejuízo a quem não respeitasse o direito sagrado de choramingar um Salvador
que morreu há uma porrada de tempos e depois dele, Seus seguidores já mataram
mais do que podiam, para vingar o Homem.
Mas valendo do
poder de merecer respeito da sociedade. E como fazer isso? À bala? No chicote?
Que nada. Isso é coisa de cristão atrasado. Simples. Se me oferecem um show em um puteiro exatamente na data
que eu acho que tem de manter respeito, não vou, ainda faço meus iguais se
tocarem. Vai ser um prejuízo lascado, sem o uso da força bruta. Não daria para
fazer o mesmo com os ateus, esse povo sórdido que nem tem uma igreja em comum.Valha-me
Deus! Se eles se juntarem para dar prejuízo,acabam como sempre foram, sem ser
vistos.
E podes crer que
quem realiza essas festas nesses feriados, mais do que anticristo, como se isso
por si, fosse uma coisa ruim, apenas uma maneira de não acreditar no Cristo dos
outros, ter o direito de poder decidir por si, é cristão e é católico. Pelo menos
na hora de aparecer na Missa de Ramos, para a coluna social, ou outra atividade
que chame a atenção de muitos.
Nós não sabemos
de verdade, nos fazer respeitados, enquanto maioria. Acabamos achando que pedir
respeito, é censura, justamente o que fazem crer os censores de antes, é
ditadura, justamente o que nos fazem pensar, os Milico-Boys e as Hard-Finger-Girls
de antigamente, para continuarem a ter seus privilégios.
No supermercado
encontrei a ex-Deputada Federal Beth Azize e perguntei se ela não iria mais se
candidatar.
- Olha bem pra
minha cara! Serei bandida? Serei ladrão? Só tem bandido lá. O Doutor Ulisses –
primo legítimo de Dona Dolores, ou seja, minha avó paterna - que já previra
isso que está acontecendo.
Entrou Dona
Therezinha na conversa com aquele discurso de quem não sabe das coisas de
verdade. O discurso do bem contra o mal.
- Mas se os bons
não tentarem, só ficam os ruins!
- Maninha, meu
pai era um homem de recursos e muitos. Nunca pedi um tostão para as minhas
campanhas. Tudo foi sempre do meu bolso. Eu perdi minhas cordas vocais de tanto
gritar, fazendo campanha numa Kombi e o meu sobrinho dirigindo. Eu tenho
problemas de joelhos e só agora consegui começar a tratar. Saí pobre do
Parlamento e minha mãe me disse que eu sou muito burra. Perguntei à ela: “a
senhora me ensinou a roubar?” Só agora consegui construir uma casa para mim, e
trouxe minha mãe para morar comigo. É muito bandido para eu ficar sozinha,
querendo consertar o mundo.
De certa
maneira, ela tem toda razão. Aliás, hoje, os outorgados com títulos, com toda
série de “homem e mulher de bem”, na verdade são os bandidos de antigamente. Mas
quem tem coragem de abrir a boca e falar o que sabe? Vai virar escárnio
popular, como os que diziam que o Lance Armstrong usava dopping. Esses mesmos bandidos fizeram um jeito de colocar os seus
nos postos chaves que mesmo que não sejam maioria, fica difícil dizer diferente
do que eles dizem de si. Outorgam-se os títulos mais caras de pau possíveis. O “Home
do Ano”, na verdade é uma bicha corrupta e safada. A “Mulher de Visão”, é uma
mulher caolha, que só sabe mentir e colocar os filhos comendo do bom e do
melhor. O “Magistrado do Povo”. Na verdade era um tipo que quando juiz, fez um
escândalo danado, disse que mataram uma criança dentro de uma igreja, colocaram
o pai do garoto, sem provas, atrás das grades, depois que o caso foi esquecido,
soltaram o pobre, sem lenço nem documento, na verdade, era uma rede de tráfico
de gente e o menino está na Itália, vivo e o juiz passou a ser desembargador e
se toca, quando o Ministro diz que há conluios entre os juízes, os
desembargadores e os “bons advogados”. Eu é que vou falar o que eu sei? Para
ser visto como leso?
E em pensar que
quem a tirou do PDT, foi o Professor Senador Jefferson. “Um exemplo ético que
faz falta no Parlamento Brasileiro”. Mas quem sou eu para dizer o contrário?
Concordo! E digo mais, uma Integridade de Aço. Entendam como quiserem.
Foi minando-se
quem podia ser inconveniente a esses grupos que nos dominam e depois, eles
mesmos se homenageiam. Aliás, essa mania de se chamar de inconveniente a quem
não se quer visível, é bem para calar quem não se quer que se expresse.
Dia desses, Dona
do Carmo, mãe de Piroka, disse que uma amiga dela, achou um cara muito inconveniente
num bar e ela logo inferiu que seria eu. Primeiro, passou dos 100 anos, não é
comigo, mesmo porque não estou matando cachorro a grito. Perguntei se a amiga
dela, era pelo menos, agradável de se olhar, um corpo mais ou menos... Então
ela não soube responder. Com tantos bares no mundo, essa amiga iria se
encontrar justamente com a minha inconveniência? Na verdade, tanto o filho dela
que é uma mosca morta, onde vá, quanto Bustela, acham que eu mexer com uma
mulher, é inconveniente. Ele que mexe com todo mundo na rua, é engraçadinho, às
vezes, até mais do que devia, desrespeitando as pessoas que nem conhece e faz
questão de manter distância. Depende do
que seja realmente o inconveniente. O cara não mexer com mulher, achar bonito
mexer com macho, é um direito que assiste a cada opção sexual, viva a
diversidade, mas daí querer cercear o direito dos outros de exercerem sua opção
natural, é sacanagem. É a Ditadura do Pensamento Único, de quem não dá
liberdade de nem se discernir, muito menos de se discutir, dentro da dialética.
“Calate”. Como diria o fratricida Rei da Espanha, capacho de Franco, o
precursor do Nazifascismo. O Pensamento Único que tira Filosofia, Sociologia e
outras matérias que fazem pensar, dos curricula
escolares e joga a culpa nos outros que quer manter distantes.
Mas a questão é
justamente essa. Do inconveniente. Inconveniente é a gente ser assaltado e
ficar calado. Inconveniente é a gente ter dor de barriga e não procurar arriar
o barro, por vergonha do que os outros possam falar. Inconveniente é a gente ser
maioria e deixar que uma minoria desclassificada e desqualificada dê o tom do
que devemos dizer, como devemos nos comportar, o que devemos fazer, para que
continue a fazer a mesma coisa, contra nós, disfarçadamente.
É o que há no
momento, quando se colocou como formador de opinião, gente sem o menor primor
de caráter, de sabedoria, de trato com o que é caro para a maioria.
Colocam-se
apresentadores que não têm relação alguma com os grupos musicais que mostram ao
público, mas na ânsia de fazê-los famosos e ganhar por baixo dos panos uma
porcentagem nas vendas de shows e de
cd’s, quem só houve erudito no iPhone, coloca Gabi Amatantus, Naldo, Gustavo
Limma, um monte de gente que tanto faz, como tanto fez, não vai deixar saudade
se suicidar-se, se encerrar carreira hoje, amanhã, ou depois, se der a bunda!
Gente que não acrescenta porra nenhuma, tem demais. Justamente para manter esse
estado de letargia, em quem deveria se impor e vai na onda e acaba como gado no
pasto. Feito leso, com tanta leseira que consome e só.
Quando essa
maioria consegue se reunir para se manifestar, é como em Porto Alegre, onde os
anarquistas, com aquelas bandeiras pretas de piratas, os bestalhões de sempre, acabam
atentando contra a própria imagem do movimento, depredando o espaço público,
como se fosse brincadeira de criança, como jacobinos, em pleno Século XXI.
É daí que eu
digo que a política no Brasil e no mundo pós-moderno está assim, porque a
maioria se acomodou. Não vejo realmente, todo mundo querendo ser esperto, todo
mundo dando golpes, todo mundo sendo corrupto para sobreviver. Há, até entre os
bilionários, os que foram inteligentes, valeram-se de ideias e os que “venceram”
roubando a maioria. É uma minoria de sociopatas que faz crer que todo mundo é
igual, quando eles é que são o lixo da sociedade, devem ser vistos como
diferentes até de ser humano. Mas a justificar esses comportamentos, colocam
uns boçais, uns ignorantes, principalmente à frente dos veículos de comunicação
que dão lição de moral em todo mundo, justamente, quando os que se sentem espoliados,
começam a querer que sejam respeitados pelos caciques desses índios problemáticos
de moral. Aí vem o discurso do inconveniente. Muita gente, ao invés de peitar
esses bostas, prefere colocar o saco entre as pernas e a vestir a carapuça. É
justamente o que querem, essas minorias esquizofrênicas. E cada dia mais, a
minoria de porcos, vai levando vantagem. E como não se tem em quem votar, em como
escolher como nossos representantes, justamente porque eles se dão
graciosamente uma dinheirama sem fim, dão–se títulos de bacana mesmo que estejamos
vendo que não passam de pilantras, fica difícil escolher alguém diferente
daquilo que colocam como opção, como oferta.
Até o Tiririca
que foi achincalhado, foi humilhado, por ser representante da classe baixa, “o
palhaço”, já adotou o discurso de elite paulista, mesmo sendo nordestino, de
que o voto dele, vale tanto quanto o de um Deputado de Rondônia, ou do Amapá.
Isso se chama democracia. Direitos iguais, aos diferentes. Mas se ninguém se
sobrepuser a esses discursos que passam como inconsequentes, daqui há pouco,
dão um golpe de estado, tiram todos os direitos civis de todo mundo e têm a
cara de pau, de ainda vir nos jornais, parabenizar a Ditadura Militar Assassina
de 1964, com o nome da VERDADEIRA COMISSÃO DA VERDADE, dizendo que apenas
defenderam a democracia. Imagina! Tiram as liberdades, torturam quem pensa
diferente e era só pelo bem da humanidade? Graciosos!
Quando realmente
as pessoas íntegras quiserem se impor, elas saberão fazer pressão para que essa
bandalheira, essa sujeira deixada por uns idiotas que só conseguiriam o poder
através das armas e do discurso do terrorismo, quando transformaram o próprio Governo
Militar em Terrorismo de Estado, a própria Nação das Liberdades, em campos de
concentração nazistas, quando a lição de corrupção deixada até hoje é deles, aí
sim, livrar-nos-emos do medo de sermos chamados de inconvenientes e exigiremos
respeito, por sermos maioria e assim como queremos tratar todos como iguais,
queremos que nos tratem condignamente, ao invés de nos chamar de lesos, nas
nossas barbas, com o nosso próprio dinheiro.
Inconveniente,
é, ao invés de defender seu lado, só se mostrar, apontando o dedo para a
posição dos outros. Na verdade, a maior inconveniência dentre todas, é ser
covarde! E esse pessoal só sabe atacar, na escuridão. Querendo calar quem
apenas exerce um direito de cidadão. Seja na política, pensando livremente, ou
como macho que tenta, joga uma cantada na mulher que interessa e assim como tem
o direito de o fazer, mesmo porque ninguém vem com uma placa na testa: JÁ TENHO
DONO, e até as alianças estão sumindo, é um direito de cair, ou não.
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